Quero dedicar este blog a uma pessoa que nasceu muito antes de mim. Uma pessoa que se preocupou comigo desde o dia em que nasci até ao dia em que ele deixou de respirar.
Nunca foi uma pessoa perfeita mas estou certo de que fez tudo da forma que achava ser a mais correta. Viveu tempos difíceis mas também viveu tempos muito bons. Tinha a maneira dele de ser, era como era. E foi à maneira dele, ao seu jeito de ser, que tentou proteger os seus para que pudessem ter uma boa vida.
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Querido avô
Estiveste lá quando eu queria fazer aquelas brincadeiras parvas de criança ou até mesmo quando eu precisava de alguém que me acompanhasse até à escola. Sempre tiveste aquela paciência de avô, mesmo quando eu te fazia perguntas sobre um passado do qual não gostavas de falar e me respondias com um vago “isso já não interessa”. Mas nunca deixaste de estar lá.
Foste embora sem te despedir. Deixaste-me sem me dizer. Partiste cedo demais.
Sei que estejas onde estiveres, vais estar a olhar por mim e a guiar-me quando eu mais precisar. Sei que sempre torcerás por mim: seja nas minhas loucuras, seja nas minhas certezas. Sempre o fizeste.
Tenho-te como um exemplo, como um incentivo para procurar ser sempre uma pessoa melhor.
Obrigado por tudo avô,
Até um dia.

06/01/1933 – 03/03/2004